Gulamo Khan
MOÇAMBICANTO I
céleres as águas
zambezeiam pela memória
das almadias do silêncio
nem o zumbido da cigarra
me entontece
nem o troar do tambor
me ensurdece
as vozes que são
sulcos das nossas esperanças
Oh pátria
moçambiquero-te
neste alumbramento
e amar-te
devo-o à carne e ao nervo
deglutidos em revolta.
[117]
quarta-feira, dezembro 22, 2004
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Fabuloso (re)inventar da palavra!_ beijo muito grato, Miguel!!, IO.
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