domingo, junho 19, 2005

Julius Kazembe

O GIRASSOL

O brilho inteiro das galáxias
a latejar no girassol
enfurecido
desdobrando-se em arco-íris
para a morte sobrevivida
entre os gomos do canto.
Um barco é uma faca que rasga
Essas dunas cheias de sortilégios
E de luz as salpica.
Reapetece.
A asa fresca da madrugada
Encrespará levemente
Dos corpos nus a seda
Para outra vez.


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