sexta-feira, janeiro 26, 2007

Sebastião Alba

PRECISO DE QUALQUER OBJECTO

Preciso de qualquer objecto dos teus, uma coisa de que possas já desfazer-te, mas tenha sido tua, para trazer comigo, nestes dias.
Não me lembro se já te disse que o escritor norte-americano Ernest Hemingway andava com uma pata de coelho na algibeira. Os antepassados de teu pai, os meus, eram mágicos, bruxos, fetichistas.
Deixa-o à porta, eu hei-de vê-lo, querida.
Virei sempre com uma carta para ti. Quando não vier, é porque os sinos de Braga me estavam a ensurdecer, e fui dar uma volta.
Toma lá o orvalho e a rosa, meu amor.


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1 comentário:

  1. Uma livraria, a quem tinha encomendado o livro (Ventos da minha alma), informou-me que o mesmo foi retirado do mercado pouco depois do seu lançamento. A ser verdade, qual terá sido a razão?

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