sábado, setembro 30, 2006

José Craveirinha

CAFÉ FRIO

Com ninguém reparto meus sentimentos.
Nas cacimbentas manhãs de Inverno
egocêntrico vou digerindo
meu melancólico
café frio.


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2 comentários:

  1. A única vez que vi pessoalmente Craveirinha: aeroporto de Maputo, junto à porta de embarque dos passageiros, com o seu inseparável chapéu e o cachecol habitual, aquele ar de quem faz troça do mundo, aquela calma pachorrenta.
    Não deviam desaparecer, os poetas.
    Este seu último livro, Maria, é muito triste, mas é uma homenagem muito bonita e sensível.

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  2. que bom teres comentado, e que comentário luxuoso :)

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