segunda-feira, novembro 10, 2008

Eduardo White

HÁ VEZES EM QUE NEM É A MORTE QUE SE TEME

Há vezes em que nem é a morte que se teme,
o seu sossego de cinza,
a sua solidão escura,
mas como se morre.

Quando morrer
quero fazê-lo sem rumor algum,
sem ninguém que me chore
ou a quem doa.

E queria a morte uma ave,
nocturna ave
sigilosamente partindo
para outro tempo.

Para morrer, fá-lo-ia
em total silêncio,
severo
e lúcido.


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1 comentário:

  1. queria eu que a minha morte fosse tambem lucida, sem delirios...para ter a certeza que parto, porque de mentiras, ja me basta a vida.

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