quinta-feira, setembro 27, 2007

Júlio Carrilho

DE REPENTE A TERRA

De repente a terra. A descoberta das cores que a povoam. Do preto ao ocre. Cada tom a revelar os seus segredos. A passar mensagens. Incipientemente a acordar-me para as dores da luz penetrando forte pela consciência. Afinal só eram sombras o que eu percebia na inocência. Afinal a vida estava lá fora a contorcer-se. Mosaico de futuro a construir-se em cada um dos grãos de areia. A lângua de lama seca a repartir-se ao sol. É um expediente que quebra cada brilho para me arrumar o pensamento.


[281]

Sem comentários:

Enviar um comentário