domingo, outubro 24, 2004

Rui Knopfli

EPIGRAMA

Os teus lábios, digo-te, não são doces
como mel.

(O mel
acaba por enjoar.)

Mas são doces, os teus lábios, digo-te.
Mas doces como quê?
Ora, doces como eles são.

Doces?

Sim, olha, doces como o pão
que todos os dias comemos
sem fartar.


[106]

1 comentário: